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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Artistas de Rua, um traço não explorado da cultura urbana de São Paulo

Artista de Rua (Imagem: Google)



Em meus passeios pela capital paulista, me deparei com um artista de rua realizando uma performance de alta qualidade. Um jovem com uma aparência simples e com um grande sorriso no rosto.



Fiquei alguns minutos ouvindo o som de seu violão que ressoava pela Rua 15 de Novembro, bem próximo a Bovespa (Bolsa de Valores do Estado de São Paulo). Foi quando reparei que todos aqueles seres humanos engravatados passavam pelo músico como se o mesmo fosse um mendigo ou um pedinte. Um traço de revolta tomou meus pensamentos e resolvi ajudar o jovem artista com R$ 5,00 que tinha no bolso.

Ele interpretava uma música do UB-40, chamada Red Red Wine, com muito sentimento e destreza em seu instrumento surrado e judiado por anos de treino e apresentações pelas calçadas da cidade. Logo após terminar a música ele agradeceu a minha contribuição e me fez a seguinte pergunta: “Você gosta de Bob?”

Fiz um sinal de positivo com a cabeça, que foi o suficiente para o artista interpretar a música One Love do mestre Bob Marley, de uma maneira única e singela. Após ouvir a música, reparei que estava atrasado e corri para o trabalho. Porém, fiquei com uma dúvida na cabeça. Por que o artista de rua é tão subestimado no nosso país?

Há pouco tempo atrás o prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, criou diversos empecilhos para os artistas de rua, chegou-se a comentar pela cidade que não poderia existir mais nenhum artista se apresentando nas calçadas da nossa capital cinzenta. Agora, acredito que a empreitada do prefeito para combater a cultura não foi bem sucedida, pois neste fim de semana encontrei diversos tipos de artistas na Avenida Paulista se apresentando.

Um senhor que pintava retratos das pessoas que passavam pela rua e uma jovem de cabelos castanhos que soltava notas lindas de um violino muito bem cuidado, com cara de novo, chamaram minha atenção. Comprei um cigarro na banca de jornal e fiquei observando a jovem explorar seu violino, expressando toda sua estima pela música através do sentimento que surgia de cada nota daquele instrumento vistoso de sonoridade suave e delicada. Peguei algumas moedas do troco do meu cigarro e joguei na caixa do violino da moçinha e recebi um agradecimento acanhado em meio à música que continuou perfeita.

No caminho até a minha casa fiquei pensando, por que poucas pessoas ajudam os artistas de rua? Será que a pressa de São Paulo não nos deixa apreciar a arte que está estampada bem na nossa cara? Se ajudarmos estes propagadores autônomos da arte a quantidade deles aumentará?

De uma coisa tenho certeza, eu adoraria ver um artista em cada esquina ou em cada estação de Metrô se apresentando para estas pessoas que deveriam diminuir a correria e aumentar sua cultura.

Confira este vídeo do mestre da bateria, Gigante Brasil, fazendo um som maravilhoso na Rua Teodoro Sampaio. Banda tocando na rua, mas que poderia estar se apresentando em qualquer conservatório renomado de São Paulo!



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Barão Vermelho e Cazuza: Os maiores abandonados

Barão Vermelho em sua formação original. (Foto: remember80.com.br)


Uma banda que representa o rock nacional com louvor.



O Barão Vermelho foi criado no ano de 1981, no Rio de Janeiro. Inicialmente a formação era Roberto Frejat na guitarra, Guto Goffi na bateria, Dé Palmeira no baixo e Maurício Barros no teclado. Porém em 1982 aconteceu um encontro que transformou o rock brasileiro nos anos 80. Os quatro integrantes se juntaram ao vocalista Cazuza e gravaram o primeiro LP, com o mesmo nome da banda "Barão Vermelho". Em 1983 o conjunto começou a conhecer o sucesso, após lançar o disco "2", que contava com a faixa “Pro Dia Nascer Feliz”.

Mas o Barão caiu na boca do povo em 1984 com a música "Beth Balanço". Essa canção faz parte do disco "Maior Abandonado" que foi considerado o melhor álbum da banda, tanto pela crítica especializada como pelo público. Em janeiro de 1985 participam do Rock In Rio, onde realizaram dois shows durante o festival. Cazuza já demonstrava alguns atritos com os outros integrantes e em junho de 1985 deixou o conjunto e partiu para sua carreira solo. O Barão continuou sua trajetória de sucesso mesmo sem o vocal e a poesia de Cazuza.

 O ex-vocalista do Barão fez um ótimo trabalho em sua carreira solo, até falecer em 1990. A banda continuou com grande repercussão de crítica e público. Até hoje o Barão Vermelho é uma das bandas de rock mais respeitadas e admiradas em todo o Brasil.

Encontrei um vídeo do show completo do Barão no Rock in Rio de 1985. Uma performance cheia de energia, com o Frejat tocando muito e Cazuza inspirado. O Brasil estava saindo da ditadura e a trilha sonora era puro rock n’ roll!

Aproveite:

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

James Brown, the Godfather of Soul

James Brown. (Foto: Site outra-cena.com)

James Brown sempre foi considerado um músico que demonstrava muita energia e intensidade no palco. Um verdadeiro Showman que levava o público a loucura.



Vindo de uma humilde família americana, da Carolina do Sul, o homem que futuramente seria chamado de Padrinho do Soul teve uma infância conturbada. Quando ainda era muito novo, sua mãe o abandonou e seu pai o levou para a casa de uma tia, em Augusta na Geórgia, onde funcionava uma casa de prostituição. Com 16 anos já havia cometido alguns delitos e foi condenado por assalto a mão armada e encaminhado a um centro de detenção juvenil.

Durante esta passagem pelo reformatório juvenil, James Brown conheceu Bobby Byrd. Este nome foi muito importante na carreira do Rei do Soul, pois foi com a ajuda de Byrd e sua família que finalmente James Brown seguiu seu caminho na música.

Bobby Byrd e sua irmã Sarah, juntamente com Brown, formaram uma banda chamada “The Gospel Starlighters” que futuramente mudaria seu nome para “The Flames”. Depois de algum tempo na estrada, a banda de James ficou famosa e assinou contrato com grandes gravadoras.

Ele sempre foi famoso por exigir muita organização, precisão de seus músicos e dançarinos. Ensaiavam até atingir a perfeição e até mesmo nestes ensaios, os artistas tinham que usar o mesmo "uniforme" que usariam durante os shows. E não parava por aí, tinha outras regras em relação a sua banda. James aplicava multas nos membros da banda que calçassem sapatos não engraxados, dançassem fora da sincronia e entrassem atrasados no palco.

A carreira deste mestre do Funk influenciou profundamente a evolução de diferentes gêneros musicais. Por muitos anos, seus shows eram considerados os mais extravagantes da América.

Infelizmente este mestre veio a falecer na noite de Natal de 2006, vítima de uma pneumonia que resultou em uma insuficiência cardíaca.

Atualmente existe o boato que um filme com a biografia do “Godfather of Soul” está a caminho e que Spike Lee seria o diretor. O que nos resta agora é aguardar e continuar curtindo seus discos e vídeos.